Projeto-piloto de hidrogénio verde recebe verba do Fundo Ambiental

  • 15 novembro 2022, terça-feira
  • Energia

O Governo autorizou o Fundo Ambiental a encargos de 867 692 euros até 2024 para o Green Pipeline Project, projeto-piloto sobre injeção de hidrogénio verde na rede de gás natural e descarbonização do setor energético.

A maior fatia de encargos do projeto, no valor de 607 384 euros, é autorizada para este ano, 230 307 no próximo ano e os restantes 30 mil euros em 2024, mas a importância fixada para 2023 e 2024 pode ser acrescida do saldo que se apurar na execução orçamental dos anos anteriores, de acordo com a portaria publicada em Diário da República.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e a secretária de Estado do Orçamento, Sofia Batalha, que assinam o diploma, determinam que os encargos emergentes da portaria “serão satisfeitos por verbas adequadas inscritas ou a inscrever” no orçamento do Fundo Ambiental.

A Galp Gás Natural Distribuição, empresa responsável pela gestão e desenvolvimento do Green Pipeline Project, apresentou ao Fundo de Apoio à Inovação (FAI) uma candidatura para obtenção de incentivos financeiros, com o propósito de desenvolver um projeto para injeção e distribuição de hidrogénio verde na rede de gás natural, em particular na área geográfica do Seixal.

“Foi assim outorgado, em 24-8-2021, um contrato de concessão de incentivos entre o FAI e a Galp Gás Natural Distribuição, para apoio ao Green Pipeline Project, com o valor máximo de incentivo de 867 692,81 euros, que corresponde a uma taxa de 85,43 por cento do custo do projeto, o qual tem uma duração de 27 meses”, lê-se no documento.

Os governantes, no preâmbulo do diploma, lembram que o FAI foi extinto no final de 2021, tendo-lhe sucedido o Fundo Ambiental, e destacam ser necessário que este fundo assegure toda a tramitação legal dos processos que se encontram em curso de anos anteriores.

O Fundo de Apoio à Inovação estava fora do perímetro do Orçamento do Estado.

O Green Pipeline Project é liderado pela Galp Gás Natural Distribuição (GGND) e conta com a participação de vários parceiros, desde a área da engenharia à construção, juntando os contributos da academia e de instituições públicas e privadas.

O hidrogénio verde, combustível cem por cento renovável, vai ser produzido no Parque Industrial do Seixal, através da parceria da GGND com a empresa portuguesa Gestene.

Numa fase inicial do projeto será injetado dois por cento de hidrogénio na rede de gás natural, subindo gradualmente esta percentagem até um máximo de 20 por cento num período de dois anos.

Todo o processo será monitorizado e acompanhado em detalhe por um grupo de especialistas, para que este projeto possa servir de exemplo de boas práticas, para outros projetos futuros, tanto a nível nacional como internacional.

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