Produção hidroelétrica supera em novembro média histórica

  • 07 dezembro 2022, quarta-feira
  • Energia

O índice de produtibilidade hidroelétrica atingiu 1,05 (média histórica de 1), um valor cinco por cento acima da média para o mês de novembro, devido à chuva, segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais.

Ainda assim, o índice de produtibilidade elétrica foi “condicionado pelas afluências provenientes de Espanha no Douro, que se mantêm muito reduzidas”, apontou a REN.

Com a subida da componente hidroelétrica, a produção renovável abasteceu 58 por cento do consumo de eletricidade, em novembro, com os índices de produtibilidade eólica e solar a situarem-se, respetivamente, em 0,96 e 1,00 (média histórica de 1).

Já a produção não renovável foi responsável pelo abastecimento de 35 por cento do consumo de eletricidade e o saldo importador abasteceu os restantes sete por cento do consumo, o valor mais baixo registado este ano.

No mês em análise, o consumo de energia elétrica registou uma contração de 2,4 por cento, face ao mesmo mês do ano passado, justificada pelas temperaturas acima da média.

Com correção do efeito da temperatura e do número de dias úteis, verificou-se uma evolução homóloga positiva de dois por cento, enquanto no acumulado de janeiro a novembro, a evolução acumulada anual fixou-se em 2,2 por cento, ou 2,6 por cento com correção de temperatura e dias úteis.

No acumulado do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica é de 0,46, o de produtibilidade eólica 0,97 e o de produtibilidade solar 1,08 (média histórica de 1).

Entre janeiro e novembro, a produção renovável abasteceu 45 por cento do consumo, repartida pela eólica com 24 por cento, a hidroelétrica com nove por cento, a biomassa com sete por cento e a fotovoltaica com cinco por cento.

Já a produção a gás natural abasteceu 34 por cento do consumo, enquanto o saldo importador assegurou 21 por cento.

Consumo de gás natural recua 5,7 por cento em novembro

O consumo de gás natural manteve a tendência de redução em novembro, recuando 5,7 por cento, face ao mesmo mês do ano anterior, informou também a REN.

“No mercado de gás natural, a tendência de redução de consumo manteve-se este mês [novembro], com uma taxa homóloga negativa de 5,7 por cento, com uma quebra marginal de 0,7 por cento no segmento de produção de energia elétrica e um recuo de 9,6 por cento no segmento convencional”, indicou a gestora dos sistemas nacionais elétrico e de gás natural.

Já o saldo de trocas com Espanha, através de gasoduto, voltou a ser exportador, no mês em análise, equivalendo a 1,3 por cento do consumo nacional.

No acumulado de janeiro a novembro, o consumo de gás natural registou uma diminuição de dois por cento, com uma quebra de 19 por cento no segmento convencional e um aumento de 30 por cento no segmento de produção de energia elétrica, que registou no acumulado do ano até novembro o valor mais alto de sempre, apontou a REN.

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