Produção de energia renovável atinge novo máximo

  • 03 março 2021, quarta-feira
  • Energia

A produção de energia renovável em Portugal atingiu em fevereiro passado um novo máximo, tendo a energia hidráulica atingido o maior valor de sempre desde abril de 1979.

De acordo com a REN - Redes Energéticas Nacionais, “a produção renovável abasteceu 88 por cento do consumo de energia elétrica em fevereiro, incluindo saldo exportador, e a não renovável os restantes 12 por cento”, pelo que se trata “da percentagem renovável mais elevada desde abril de 1979”.

“O saldo de trocas com o estrangeiro, exportador, equivaleu a cerca de 20 por cento do consumo nacional”, de acordo com a empresa energética, que também assinalou que “o consumo de energia elétrica apresentou uma contração homóloga de 3,1 por cento, devido fundamentalmente ao efeito de ano bissexto, com menos um dia este ano”.

Segundo a REN, “com correção de temperatura e dias úteis, a queda atenua-se para 0,8 por cento, não se verificando efeito significativo do confinamento devido à pandemia”, com a evolução anual a registar “uma variação marginalmente positiva, com 0,1 por cento, ou menos 1,3 por cento com correção de temperatura e dias úteis”.

Em fevereiro, “as condições foram particularmente favoráveis para as energias renováveis. O índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,85 (média histórica igual a 1), com a produção hidráulica a registar a produção mensal mais elevada de sempre, com 2709 GWh [Gigawatt-hora], enquanto o índice de produção eólica registou 1,19 (média histórica igual a 1)”, de acordo com a empresa.

Já no período de janeiro e fevereiro “o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,39 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica em 1,14 (média histórica igual a 1)”.

“Nestes dois meses, a produção renovável abasteceu 79 por cento do consumo, repartida pela hidroelétrica com 42 por cento, eólica com 30 por cento, biomassa com cinco por cento e fotovoltaica com dois por cento”, ao passo que a produção não renovável “abasteceu 21 por cento do consumo, fundamentalmente com gás natural, representando o carvão apenas dois por cento”, tendo o saldo de trocas com o estrangeiro, exportador, sido de cerca de seis por cento do consumo nacional.

A REN destacou que “no mercado de gás natural registou-se em fevereiro uma variação homóloga negativa em 25 por cento”, algo explicado com o “segmento de produção de energia elétrica, que recuou 77 por cento, condicionado pela elevada disponibilidade de energia renovável”, tendo o segmento convencional registado uma evolução positiva de 2,6 por cento, sem efeitos do confinamento.

“No final de fevereiro, o consumo acumulado anual de gás natural regista agora uma variação negativa de 17 por cento, com um crescimento de 2,4 por cento no segmento convencional e uma contração de 52 por cento no segmento de produção de energia elétrica”, pode ler-se no final do comunicado da REN.

Em janeiro tinham sido batidos os recordes de consumo de eletricidade, com um crescimento homólogo de 2,7 por cento, tendo a REN registado no mês “uma primeira quinzena muito forte devido às temperaturas baixas e uma segunda quinzena já em queda, com o novo confinamento”.

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