O papel do Hidrogénio na transição energética rumo à descarbonização em 2050

  • 31 dezembro 2020, quinta-feira
  • Energia

A União Europeia traçou como objetivo estratégico atingir a neutralidade carbónica até 2050, como forma de cumprir o acordo de Paris de 2019 e evitar que o aumento da temperatura do planeta seja superior a 2° C. Isso implica uma fazer uma transição dos sistemas energéticos atuais baseados no consumo de combustíveis fósseis (carvão, gás natural e petróleo) para sistemas baseados em recursos renováveis.

O papel do hidrogénio na transição energética

A transição energética tem sido feita até hoje fundamentalmente por duas formas: em primeiro lugar, através da substituição direta dos combustíveis fósseis na geração de eletricidade por energia hídrica, eólica e solar; em segundo lugar, pela eletrificação de consumos, substituindo o uso de combustíveis fósseis pela utilização de eletricidade – como exemplo, a substituição do gás por eletricidade na confeção de alimentos, no aquecimento de águas ou aquecimento dos espaços, ou mais recentemente, a substituição dos produtos petrolíferos nos veículos por eletricidade.

Contudo, existem alguns setores económicos, nomeadamente a indústria (que tipicamente representa um terço do consumo de energia no mundo), em que a eletrificação dos consumos é difícil de concretizar, quer do ponto de vista técnico quer económico. Em particular, isso ocorre em indústrias que recorrem a processos térmicos de alta temperatura, tipicamente realizados a partir do consumo de gás natural. Desta forma, é necessário arranjar um substituto que tenha origem renovável. Aqui, o hidrogénio pode ter um papel relevante.

Também no setor dos transportes – responsável, em geral, por outro terço do consumo de energia – nem todos os veículos, nomeadamente os pesados de mercadorias, são facilmente substituídos por veículos elétricos que armazenam a energia em baterias. Também aqui o hidrogénio se pode revelar uma solução. (...)

Artigo completo na Indútria e Ambiente nº125 nov/dez 2020 

Carlos Santos Silva

Professor em Ambiente e Energia

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