Minas da Panasqueira investem 3,5 ME em central fotovoltaica

As Minas da Panasqueira, com sede no concelho da Covilhã, vão investir 3,5 milhões de euros para criar uma central fotovoltaica de produção de energia, o que permitirá reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) e os custos energéticos.

“Trata-se de um investimento muito relevante em todos os aspetos, desde logo porque nos permite continuar a contribuir muito positivamente para a redução das emissões de CO2. Ou seja, a empresa mantém e reforça a sua atuação no sentido de manter negativo o balanço das emissões de gases com efeito de estufa”, disse à agência Lusa o administrador da Beralt Tin and Wolfram (empresa que detém a concessão desta exploração mineira de volfrâmio), António Corrêa de Sá.

Segundo o responsável, a Beralt Tin and Wolfram já procedeu à assinatura do contrato de adjudicação desta central, que será constituída por 6.642 painéis e terá uma potência instalada de 2,52 megawatt-pico (MWp).

Enquadrada no regime de unidade de produção para autoconsumo, esta central deverá começar a produzir energia verde dentro de seis a 12 meses e também permitirá uma poupança ao nível dos custos energéticos da empresa, estando prevista a substituição de 21,5 por cento das necessidades energéticas atualmente consumidas da rede.

A central fotovoltaica será instalada nos terrenos da empresa, junta da lavaria de processamento dos minérios, com injeção direta na subestação da Barroca Grande, localizada na Aldeia de São Francisco de Assis e que também é propriedade da empresa.

O impacto ambiental através da redução da emissão de gases com efeito de estufa é uma das mais-valias destacadas pela empresa, que, devido à “vasta área de plantação de árvores”, já regista atualmente mais captura e armazenamento de CO2 do que emissões.

Com o novo investimento, a empresa quer manter a trajetória, estimando que deixem de ser emitidas aproximadamente dois mil toneladas de CO2 por ano, o que é equivalente à plantação de cerca de 50 mil árvores.

Segundo é detalhado em comunicado, a produção desta central será equivalente ao consumo médio anual de energia por mais de 800 famílias.

“Como anexo mineiro, a instalação e operação da central fotovoltaica ficará ligada à longevidade da operação da mina, mas poderá também constituir um importante ativo para a comunidade local, no fim da exploração mineiro, no âmbito do plano de fecho da mina”, ressalvou a Beralt Tin and Wolfram.

As Minas da Panasqueira são a única exploração de extração de volfrâmio a laborar em Portugal e empregam cerca de 250 trabalhadores, essencialmente oriundos dos concelhos da Covilhã e do Fundão, no distrito de Castelo Branco.

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