Metropolitano de Lisboa adjudica prolongamento da linha Vermelha a Alcântara

  • 06 dezembro 2023, quarta-feira
  • Gestão

Imagem: Metropolitano de Lisboa

O Metropolitano de Lisboa aprovou, a 4 de dezembro, a adjudicação da empreitada de “Conceção e Construção da Extensão da linha Vermelha a Alcântara – Empreitada de Conceção e Construção do Prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara” à Mota-Engil – Engenharia e Construção, S.A., e SPIE Batignolles Internacional – Sucursal em Portugal.

O preço contratual global é de 321 888 000 euros, acrescido de IVA à taxa legal em vigor.

O concurso público relativo a esta empreitada foi publicitado no JOUE – Jornal Oficial da União Europeia a 1 de fevereiro de 2023. O preço base do mesmo foi fixado em 330 000 000 euros, ao qual acrescia o IVA à taxa legal aplicável.

De acordo com o Metropolitano de Lisboa, a assinatura do contrato respetivo ocorrerá decorridos os prazos legais e a tramitação subsequente, nos termos do regime fixado no Código dos Contratos Públicos.

O custo total elegível previsto para o prolongamento da linha Vermelha da estação São Sebastião a Alcântara, é de 405,4 milhões de euros. Encontra-se previsto no Plano de Recuperação Resiliência 2021-2026 e conta com um investimento europeu de 304 milhões de euros e um apoio financeiro nacional de 101,4 milhões de euros.

“O prolongamento da linha Vermelha a Alcântara irá servir zonas com forte atração e geração de viagens, com significativa densidade habitacional e de emprego, escolas, comércio e serviços, assim como alvo de grande reabilitação urbanística, como é exemplo a zona de Alcântara”, lê-se no comunicado divulgado pelo Metropolitano de Lisboa.

Imagem: Atelier Aires Mateus

Terá uma extensão de cerca de quatro quilómetros e quatro novas estações: Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, sendo que esta última fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao Concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).

Estima-se que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponda a um acréscimo de 4,7 por cento de clientes em toda a rede, sendo que cerca de 87,8 por cento do acréscimo de procura estimada corresponde aos atuais utilizadores do transporte coletivo.

A procura captada ao segmento dos atuais utilizadores de transporte individual representa 11,8 por cento, correspondendo a menos 3,7 mil viaturas individuais a circular diariamente, com ganhos de tempos de 72 por cento, dos quais 53,2 por cento correspondem aos atuais utilizadores. Considerando a análise a 30 anos, as emissões evitadas ascenderão a 175,6 mil toneladas de CO2 e as poupanças energéticas ascenderão a 29,2 mil tep.

Estima-se, ainda, que a transferência de passageiros dos modos rodoviários para o Metro de Lisboa permitirá evitar a emissão de 6,2 mil toneladas de CO2 equivalente no primeiro ano de operação.

“O plano de expansão do Metropolitano de Lisboa tem, assim, como objetivo, contribuir para a melhoria da mobilidade na cidade de Lisboa, fomentando a acessibilidade e a conectividade em transporte público, promovendo a redução dos tempos de deslocação, a descarbonização e a mobilidade sustentável”, concluiu.

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