Mais de 52% dos clientes de eletricidade já tem contador inteligente

  • 07 setembro 2021, terça-feira
  • Energia

Mais de 52 por cento dos clientes de eletricidade em baixa tensão normal (BTN) tinham, no final de 2020, instalado um contador inteligente, estando previsto que a “quase generalidade” dos consumidores tenha o equipamento no final de 2024.

Num balanço da implementação de redes inteligentes, com dados referentes em 31 de dezembro de 2020, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) referiu que “mais de 52 por cento dos clientes de BTN já tem instalado um contador inteligente, estando previsto que a quase generalidade dos clientes tenha um contador inteligente no final de 2024”.

De acordo com a ERSE, “gradualmente, estas instalações de BTN vão sendo incorporadas nas redes inteligentes e passam a aceder ao leque completo de serviços previstos”.

No mesmo relatório, o regulador revelou que no final de 2020, 16 por cento dos clientes BTN estavam integrados numa rede inteligente, acrescentando que “os operadores de redes de distribuição preveem que, em 2024, 76 por cento das instalações de BTN estejam numa rede inteligente”.

Além disso, segundo a ERSE, no fim do ano passado, “38 por cento dos clientes de BTN tinham acesso a serviços em telegestão, incluindo o universo integrado nas redes inteligentes”.

A ERSE considera, no entanto, que “estes serviços representam uma versão limitada do quadro completo previsto nas redes inteligentes, mas incluem funcionalidades relevantes, como a leitura real remota mensal (podendo evitar a utilização de estimativas nas faturas), o acesso local ao contador para serviços de energia ou a realização de algumas alterações contratuais de forma remota”.

O regulador, que levou a cabo um questionário aos operadores de redes de distribuição e aos comercializadores de energia elétrica, em março de 2021, quis perceber “o impacte dos novos serviços na alteração de processos nos comercializadores e nas ofertas de serviços aos clientes”.

A ERSE concluiu que questões como “o agendamento de serviços remotos, o acesso a dados detalhados de consumo e aconselhamento energético, ou a mera divulgação dos serviços ao dispor dos clientes foram as dimensões em que os comercializadores revelaram algum desconhecimento e atraso em integrar alterações nos seus processos”.

Paralelamente, “metade dos comercializadores oferece ou prevê vir a oferecer serviços baseados nos dados dos contadores inteligentes”, disse a entidade.

O regulador reconheceu que “a oferta de serviços das redes inteligentes é muito recente e está ainda em fase de afinação pelos operadores de rede” e que “os comercializadores revelam diferentes velocidades de adaptação a estes novos serviços”.

No entanto, “a procura por estes serviços está a acelerar, fruto da política energética que promove ativamente o autoconsumo e a produção de energia renovável, a mobilidade elétrica e a participação da procura no sistema elétrico”, garantiu a ERSE.

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