Etiqueta energética de eletrodomésticos vai mudar

A nova etiqueta energética vai voltar a adotar a escala de A a G, sem classes “+” adicionais. Vai entrar em vigor nas lojas, físicas e online, no dia 1 de março de 2021, para quatro dos 15 grupos de produtos atualmente abrangidos pela etiquetagem energética.

A etiqueta energética foi concebida inicialmente com uma escala energética entre A e G, mas com a evolução tecnológica dos produtos ao longo dos anos tornou-se necessário ajustar esta escala, introduzindo as classes A+, A++ e A+++, para dar resposta à presença no mercado de produtos mais eficientes.

No entanto, “este acrescento de classes esgotou o seu potencial, não sendo neste momento facilmente percetível para o consumidor a efetiva diferença entre classes, nem a mais valia de um produto de classe A face aos de classes A adicionais”, lê-se no comunicado divulgado pela ADENE – Agência para a Energia.

Assim, em 2017, a Comissão Europeia publicou o Regulamento (UE) 2017/1369 relativo à etiquetagem da eficiência energética que vem introduzir alterações substantivas, sendo a mais significativa o reescalonamento da etiqueta, ou seja, o regresso a uma escala de A a G, sem classes “+” adicionais.

Inicialmente, 1 de março de 2021, a alteração acontecerá apenas em quatro dos 15 grupos de produtos atualmente abrangidos pela etiquetagem energética, que incluem máquinas de lavar louça; máquinas de lavar roupa e máquinas combinadas de lavar e secar roupa; aparelhos de refrigeração, incluindo aparelhos de armazenagem de vinhos; televisores e ecrãs eletrónicos.

Depois disso, a 1 de setembro de 2021, entrará em vigor a nova etiqueta energética para as lâmpadas. Os demais grupos de produtos abrangidos pela etiquetagem energética, como os aquecedores, fornos, ares condicionados, entre outros, irão adotar a nova etiqueta progressivamente, “uma vez que se trata de produtos cuja etiqueta energética é mais recente e está ainda a fazer o seu percurso junto do consumidor”.

Para salvaguardar toda a logística necessária à adoção desta nova etiqueta energética, alguns fornecedores estão já a incluir na embalagem dos quatro grupos de produtos iniciais a nova etiqueta, em adição à etiqueta atual. Assim, é possível que ainda antes de 1 de março de 2021 o consumidor encontre na embalagem do seu novo produto duas etiquetas energéticas, a que ainda está atualmente em vigor e a nova etiqueta.

As etiquetas diferem em formato e grafismo, mas também nas metodologias de cálculo das classes energéticas dos produtos, sendo as metodologias da nova etiqueta mais exigentes. Como tal, as classes energéticas apresentadas numa e noutra etiqueta serão diferentes, sendo expectável que a nova etiqueta energética apresente uma classe de eficiência inferior.

De forma a “garantir a boa implementação do novo regulamento e apoiar o mercado português na introdução da nova etiqueta energética”, a ADENE lançou o um site onde é disponibilizada toda a informação sobre a entrada em vigor da nova etiqueta.

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