Consumo de gás natural sobe 7,7% em março

O consumo de gás natural em Portugal aumentou 7,7 por cento em março, em termos homólogos, impulsionado pelo uso para produção elétrica, que mais do que duplicou, devido à seca e descida da produção hidroelétrica, divulgou a REN.

O consumo de gás natural registou “um crescimento homólogo de 7,7 por cento, devido ao comportamento do segmento de produção de energia elétrica que apresentou um aumento de mais de 100 por cento, ainda devido à reduzida disponibilidade de energia renovável, ao contrário do que tinha acontecido no período homólogo anterior”, informou a REN – Redes Energéticas Nacionais, em comunicado.

Segundo a REN, o consumo de gás natural registado no segmento de produção de energia elétrica “foi o mais elevado de sempre para o primeiro trimestre”.

No segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, manteve-se “a forte tendência de contração que se vem registando”, sobretudo ao nível dos grandes consumidores industriais, com uma variação homóloga negativa de 21 por cento.

Em termos de evolução anual, o consumo de eletricidade registou, no final do primeiro trimestre, uma variação positiva de 1,3 por cento, ou 2,5 por cento com correção da temperatura e dias úteis, enquanto o de gás natural “registou uma variação de 6,6 por cento, resultado de um crescimento de 118 por cento no segmento de produção de energia elétrica e uma contração de 24 por cento no segmento convencional”.

Já o consumo de energia elétrica “subiu 9,4 por cento em março, face ao período homólogo, ou 8,3 por cento com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis”, segundo os dados da REN.

Em março, apesar da chuva, o índice de produtibilidade hidroelétrico não ultrapassou os 0,43 (média histórica igual a 1), devido ao prolongado período de seca. Já nas eólicas, o regime foi mais favorável com o índice de produtibilidade respetivo a registar 1,11 (média histórica igual a 1), enquanto nas fotovoltaicas se situou em 0,80 (média histórica igual a 1).

A produção renovável abasteceu 57 por cento do consumo, a não renovável 30 por cento, enquanto os restantes 13 por cento corresponderam a energia importada.

Em termos trimestrais, entre janeiro e março o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,30 (média histórica igual a 1), o de produtibilidade eólica em 0,93 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade solar em 1,05 (média histórica igual a 1).

Naquele período, a produção renovável abasteceu 49 por cento do consumo, repartida pela eólica com 28 por cento, hidroelétrica com 12 por cento, biomassa com 6 por cento e fotovoltaica com 3,5 por cento.

A produção a gás natural abasteceu 30 por cento do consumo, enquanto os restantes 21 por cento correspondem ao saldo importador.

O abastecimento de gás natural foi efetuado integralmente a partir do Terminal de Sines, mantendo-se exportações através da interligação com Espanha equivalentes, no mês em análise, a cerca de 7 por cento do consumo nacional.

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