Desflorestamento desacelera na Amazónia brasileira em setembro

  • 10 outubro 2023, terça-feira
  • Solos

O desflorestamento da Amazónia brasileira caiu 59 por cento em setembro face ao mesmo mês do ano passado, segundo dados de satélite do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Cerca de 590 quilómetros quadrados foram desflorestados no mês passado na parte brasileira da maior floresta tropical do mundo, em comparação com cerca de 1 454 quilómetros quadrados em setembro de 2022, o que confirma a queda do desflorestamento observada nos últimos meses.

O Presidente brasileiro, Luiz Lula da Silva, iniciou o seu terceiro mandato em janeiro com a promessa de tornar a preservação da Amazónia uma prioridade e de fazer todo o possível para erradicar o desflorestamento ilegal até 2030.

Por outro lado, sob o mandato do seu antecessor, Jair Bolsonaro (2019-2022), o desflorestamento da Amazónia aumentou 75 por cento face à média da década anterior.

De janeiro a setembro de 2023, a área desflorestada foi de 4 302 quilómetros quadrados, aproximadamente metade dos 8 590 quilómetros quadrados registados no mesmo período de 2022.

Contudo, a situação continua a deteriorar-se no Cerrado, uma savana tropical rica em imensa biodiversidade localizada no território brasileiro, cada vez mais afetada pelo desflorestamento, principalmente devido ao avanço do agronegócio.

Nesse bioma localizado no sul da Amazónia, cerca de 516 quilómetros quadrados foram desflorestados em setembro, um salto de 89 por cento face ao mesmo mês de 2022, e um recorde de um mês de setembro desde que a recolha de dados começou em 2018.

Na Amazónia, setembro é geralmente um mês seco, mas a região vive atualmente uma seca excecionalmente severa, agravada pelo fenómeno El Niño, que fez com que o nível de alguns rios caísse consideravelmente.

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