Silves lança projeto de compostagem comunitária

A Câmara de Silves está a implementar um projeto de compostagem comunitária e estima que uma centena de moradores já esteja a reciclar resíduos orgânicos domésticos que acabariam desaproveitados, num aterro, se fossem para o lixo comum.

A iniciativa “Silves a compostar da serra ao mar”, lançada em outubro de 2020, tem distribuído compostores pelos cidadãos, tanto para a compostagem doméstica – com a unidade a ser colocada na casa do munícipe – como, em zonas mais urbanas, com contentores de recolha comunitária.

Segundo o técnico da Câmara de Silves José Pinto, a autarquia não quis condicionar o acesso à iniciativa e optou por “abrir os equipamentos” à comunidade para que qualquer pessoa os pudesse usar, mesmo “não estando inscrita” no projeto de compostagem comunitária.

Apesar das “poucas inscrições” oficiais, o ritmo de enchimento dos contentores leva o técnico a estimar que haja “para cima de cem pessoas” a aderir à campanha de compostagem, medida que classifica como “ambiental e economicamente muito vantajosa”.

De acordo com José Pinto, os diversos contentores já instalados pela autarquia nas duas freguesias serranas – São Bartolomeu de Messines e São Marcos da Serra – tiveram de “ser reforçados” para garantir o que o processo de degradação dos resíduos pudesse ser bem-sucedido.

Na “ilha” de Messines estão nesta altura três contentores compostos por seis compartimentos, mas apenas um aberto de cada vez, onde os cidadãos podem depositar os seus resíduos orgânicos, que trazem num dos baldes disponibilizados pela autarquia.

A presidente da Câmara, Rosa Palma, destacou a adesão dos cidadãos, apesar de ainda não ter sido possível “estender a compostagem comunitária a todas a freguesias”, algo que assegura que “em breve será uma realidade”.

“Quem não tem um pequeno quintal e vive numa pequena habitação, num apartamento, tem estes compostores para colocar os resíduos que podem ser valorizados, rentabilizados e reutilizados”, apontou.

Tanto os resíduos verdes – restos de vegetais, frutas, ervas ou café – como os castanhos – papel, ramos, cascas de frutos secos – podem ser depositados. Os restos de carne e peixe, laticínios, fezes, vidro, plástico e metal estão interditados.

O projeto está inserido num projeto de educação cívica e ambiental mais abrangente que pretende complementar a “formação desenvolvida nas escolas”, operacionalizando a logística que permite aos cidadãos efetivar a reciclagem e a “valorização dos resíduos”.

A governante destaca a parceria estabelecida com as juntas de freguesia, que ficaram responsáveis pelo “acompanhamento” dos contentores, garantindo a “manutenção e oxigenação” essenciais para que o processo de decomposição biológica seja bem-sucedido.

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