Sete albufeiras com menos de 40% de disponibilidade hídrica em novembro

  • 13 dezembro 2023, quarta-feira
  • Água

Fotografia: Falco_Pixabay

Seis bacias hidrográficas registaram uma diminuição do volume de água armazenada no último dia de novembro comparando com o mês anterior e cinco registaram um aumento.

De acordo com o boletim mensal do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), o decréscimo do volume de água foi verificado nas bacias do Douro, Mondego, Arade, Mira, Ave e Lima e o aumento nas do Tejo, Guadiana, Sado, Oeste e Cávado.

A Bacia do Barlavento manteve-se no final de novembro com o mesmo valor que tinha no último dia de outubro, 7,6 por cento da capacidade, e continua a ser a que menos água armazena em Portugal continental.

Depois da do Barlavento, as bacias do Arade, com 24,7 por cento, e do Mira, com 30,8 por cento, são as que retêm menos água.

Com maior quantidade de água armazenada está a bacia do Cávado, com 88,4 por cento, seguida da do Ave, com 81 por cento, e da do Douro, com 79,5 por cento.

A bacia que teve maior perda de água acumulada foi a do Ave, que passou de 99,6 por cento no final de outubro para 81 por cento no fim de novembro. A que teve maior ganho foi a do Cávado, que passou de 83,3 por cento para 88,4 por cento da capacidade.

O boletim de armazenamento mensal das albufeiras de Portugal continental refere ainda que das 60 albufeiras monitorizadas, 15 apresentavam, no último dia de novembro, disponibilidades hídricas superiores a 80 por cento do volume total e 17 disponibilidades inferiores a 40 por cento.

O boletim do SNIRH refere que os armazenamentos do mês passado por bacia hidrográfica são superiores à média de novembro (1990/91 a 2022/23), com exceção das bacias do Mondego, Sado, Guadiana, Mira, Ribeiras do Algarve e Arade.

A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

Situação de seca fraca aumenta na região Sul

O boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) refere que a situação de seca fraca aumentou no mês passado na região sul, em contraste com o norte de Portugal continental, naquele que foi o segundo novembro mais quente deste século.

Segundo o IPMA, verificou-se um aumento de área de Portugal continental em classe de seca fraca, de 12,8 por cento em outubro para 19,4 por cento em novembro na região sul, abrangendo todo o distrito de Faro, Beja e grande parte do distrito de Setúbal.

Registou-se igualmente um aumento na classe de chuva severa de 1,5 para 16,2 por cento na região norte e grande parte da região centro.

No fim do mês passado, 31,3 por cento do território estava em chuva moderada, 25,9 por cento na classe normal, 19,4 por cento em seca fraca, 16,2 por cento chuva severa e 7,2 por cento em chuva fraca.

O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.

De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.

No que diz respeito à percentagem de água no solo, o instituto precisou que houve um aumento nas regiões do Norte, centro e Alto Alentejo, com valores superiores a 80 por cento.

No Baixo Alentejo e Algarve, algumas regiões estavam com valores entre 20 e 40 por cento.

Os dados do boletim indicam que o mês de novembro classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e normal em relação à precipitação (122,2 milímetros).

O mês passado foi considerado o nono mais quente dos últimos 93 anos (mais quente em 1981) e o segundo mais quente desde 2000.

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