Modelação da qualidade do ar em Portugal

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, morrem anualmente 4,2 milhões de pessoas devido à exposição a poluentes atmosféricos. Apesar de o último relatório da Agência Europeia do Ambiente indicar que as políticas europeias têm permitido melhorar a qualidade do ar, existem ainda diversos aspetos a melhorar e os impactes da poluição na saúde humana continuam a persistir.

Os modelos de qualidade do ar (MQA) são fundamentais para uma melhor compreensão das causas dos níveis de poluição atmosférica, bem como para a definição e avaliação de estratégias de melhoria da qualidade do ar. Existem diferentes tipos de modelos, cuja aplicação concreta deve depender do objetivo de cada simulação e da escala espácio-temporal envolvida. Este artigo apresenta e discute vários casos de aplicação de MQA, utilizados como suporte ao cumprimento da Diretiva Quadro da Qualidade do Ar, como ferramenta para a avaliação do efeito dos incêndios florestais na qualidade do ar e numa perspetiva de análise de soluções baseadas na natureza como medidas de resiliência urbana às adaptações climáticas.

Modelação no âmbito da Diretiva Quadro da Qualidade do Ar

A Diretiva Quadro da Qualidade do Ar estipula a obrigatoriedade de os Estados Membros desenvolverem Planos de Qualidade do Ar (PQA) quando há ultrapassagens aos valores legislados para a proteção da saúde humana. Os MQA permitem simular a eficácia de diferentes medidas mitigadoras de emissões de poluentes atmosféricos, calculando o seu impacto na qualidade do ar. Os PQA elaborados pela CCDR-Norte foram apoiados pela aplicação de um modelo.

A.I. MIRANDA, C. Borrego, M. Lopes, A. Monteiro, J. Ferreira, V. Rodrigues, S. Rafael, C. Gama, H. Relvas, A.P. Fernandes, C. Silveira, S. Sorte, M. Russo, S. Coelho, A. Ascenço, C. Faria, D. Lopes

Departamento de Ambiente e Ordenamento, CESAM, Universidade de Aveiro.

Artigo publicado na edição nº112 da IA


 

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