Dessalinizadora em Sines avança após identificarem-se necessidades de água

  • 23 junho 2023, sexta-feira
  • Água

O grupo Águas de Portugal (AdP) quer identificar as necessidades de água dos vários projetos previstos para Sines e, em função delas, estabelecer a capacidade de uma dessanilizadora no concelho, explicou o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

Duarte Cordeiro lembrou que para Sines está prevista, por exemplo, a produção de hidrogénio verde, e reafirmou que será o grupo AdP a desenhar o projeto de dessalinização, tendo em conta as várias propostas de investimento para Sines.

O objetivo da nova dessalinizadora, que se irá juntar a outra no Algarve, além de uma terceira no sudoeste alentejano de fundos privados, é “responder às necessidades de água desses projetos” sem prejudicar a disponibilidade hídrica da região.

O ministro falava na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, a 22 de junho, em Évora, no qual foram aprovadas as linhas gerais do Plano de Eficiência Hídrica do Alentejo, que vai agora entrar na fase de consulta pública.

As duas dessalinizadoras previstas para o Alentejo enquadram-se nesse plano. A de Sines, após a avaliação da dimensão, entrará em processo de adjudicação, enquanto a do Algarve está já num processo mais avançado.

O ministro, que reafirmou a preocupação com o “stress hídrico” do Alentejo e do Algarve e lembrou as previsões de redução de 25 por cento da precipitação devido às alterações climáticas, lembrou que a dessalinizadora do Mira será construída por fundos privados e destina-se a abastecer as culturas intensivas da região.

Ainda assim o Governo está a trabalhar com a associação de regantes e com a Câmara de Odemira, às quais se juntam a Agência Portuguesa do Ambiente e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, no processo de perceber a localização, a dimensão e o modelo de financiamento da dessalinizadora.

“Terá de ser essencialmente financiada por privados”, disse Duarte Cordeiro, frisando que irá libertar água que é agora usada na agricultura intensiva e que será usada para outros fins.

Na conferência de imprensa, Duarte Cordeiro admitiu que no futuro, dependendo da evolução meteorológica, o Governo poderá em algum momento limitar a água no setor agrícola, se esta faltar para o consumo humano.

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