Novas diretrizes da Organização Mundial de Saúde para a qualidade do ar

  • 31 dezembro 2021, sexta-feira
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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que em cada ano a exposição à poluição do ar cause sete milhões de mortes prematuras e resulte na perda de milhões de anos de vida saudáveis. Em crianças, isso pode incluir a redução do crescimento e função pulmonar, infeções respiratórias e asma agravada. Em adultos, a doença cardíaca isquémica e o derrame cerebral são as causas mais comuns de morte prematura atribuíveis à poluição do ar exterior, e estando igualmente a surgir evidências de outros efeitos, como diabetes e doenças neurodegenerativas, isso coloca as doenças atribuíveis à poluição do ar em pé de igualdade com outros grandes riscos globais para a saúde, como dieta não saudável e tabagismo.

A poluição do ar é a principal ameaça ambiental à saúde na região europeia e, globalmente, um dos cinco principais fatores de risco para doenças crónicas e não transmissíveis. Na União Europeia, a má qualidade do ar causa cerca de 400 mil mortes prematuras e até 940 mil milhões de euros em custos de saúde por ano. Estudos recentes apontam que as crianças estão particularmente sob risco de danos causados pelo ar poluído, uma vez que os seus pulmões, coração, cérebro, sistema respiratório, imunológico e nervoso ainda estão em desenvolvimento. A sua saúde pode ser afetada antes do nascimento, com consequências para toda a vida. Em 2016, 91 por cento da população global vivia em áreas onde os limites das diretrizes foram excedidos. Uma análise recente do Centre for Research on Energy and Clean Air (CREA) descobriu que, mesmo que os limites anteriores fossem atingidos, a poluição do ar ainda seria responsável por cerca de 5,5 milhões de mortes a cada ano.

As novas diretrizes da OMS recomendam níveis de qualidade do ar para seis poluentes, onde as evidências avançaram mais sobre os efeitos da exposição à saúde. Quando são tomadas medidas sobre esses poluentes chamados clássicos - partículas (PM), ozono (O3), dióxido de azoto (NO2), dióxido de enxofre (SO2) e monóxido de carbono (CO), há também um impacto sobre outros poluentes prejudiciais. (...)

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº131 nov/dez 2021

Francisco Ferreira

Presidente da ZERO

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