A biodiversidade e o desafio alimentar global

A conservação da biodiversidade é decisiva para a sustentabilidade dos sistemas que suportam a vida no planeta, mas nem esta importância vital tem refreado o ritmo de extinção de espécies, sendo que a principal causa desta perda está relacionada com a expansão e natureza da produção alimentar.

A conversão de solos para a agricultura, culturas ou pastagens, bem como a intensificação da atividade, tem um crescente impacto na qualidade e quantidade dos habitats disponíveis. A ocupação de solos de uso agrícola aumentou cerca de cinco vezes e meia nos últimos cinco séculos e continua a aumentar. Atualmente, o solo para a produção alimentar ocupa cerca de 40 por cento da área útil disponível no mundo e utiliza cerca de 70 por cento dos recursos hídricos.

Nesta trajetória de ocupação e uso do solo, assiste-se a uma progressiva substituição da fauna selvagem por um número reduzido de espécies criadas pelo Homem, as quais dominam a biomassa animal global. A pecuária (principalmente vacas e porcos) representa atualmente 60 por cento da biomassa global de todos os mamíferos, enquanto os humanos representam 36 por cento e os mamíferos selvagens representam apenas 4 por cento. No caso das aves, a biomassa global é composta por apenas 30 por cento de aves selvagens. Mais de três quartos das terras agrícolas são utilizadas para a produção animal ou para garantir a sua alimentação. Globalmente, a agricultura ameaça 24 mil das 28 mil espécies terrestres em risco de extinção. No que diz respeito aos ecossistemas marinhos, a pesca é a principal responsável pela perda de biodiversidade. (...)

Artigo completo na Indústria e Ambiente nº131 nov/dez 2021

Helena Freitas

Professora na Universidade de Coimbra

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