Portugal com água excelente na rede pública em 2017
- 14 novembro 2018, quarta-feira
- Água
A ERSAR divulgou os resultados do relatório sobre o “Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano” relativos a 2017, que mostram que o país manteve o nível de excelência com o indicador de água segura na ordem dos 99 por cento, “podendo garantir-se à população que pode beber água da torneira com confiança”, salienta o regulador em comunicado.
A percentagem de água segura mantém-se estável sensivelmente desde 2006, passando de 50 por cento em 1993 para 98,72 por cento em 2017. A aplicação da legislação por parte dos atores envolvidos, seja a ERSAR, as entidades gestoras, as autoridades de saúde ou os laboratórios também tem contribuído, segundo o regulador, para a crescente melhoria da fiabilidade dos resultados analíticos.
Foram realizadas, na torneira do consumidor, a quase totalidade das análises impostas pela legislação, atingindo-se uma percentagem da frequência de amostragem de 99,9 por cento, que corresponde a apenas 513 análises por realizar, em mais de meio milhão de análises obrigatórias.
Nas 391.850 análises realizadas em 2017, aos parâmetros com valor paramétrico fixado na legislação, a percentagem de cumprimento dos valores paramétricos atingiu o valor de 98,82 por cento. O incumprimento está fundamentalmente ligado ao pH, devido às características hidrogeológicas das origens da água e também a parâmetros microbiológicos, por ineficiência da desinfeção. Ainda assim, a situação do pH registou uma melhoria quando comparada com 2016.
As 10 entidades gestoras em alta (venda de água a municípios) continuam a revelar globalmente resultados acima da meta de 99 por cento, apresentando o indicador água segura o valor de 99,77 por cento em 2017.
O desempenho das entidades gestoras em baixa (serviço direto ao consumidor) continua a refletir as assimetrias regionais. Com efeito, continua a ser no interior, com maiores carências de recursos humanos, técnicos e financeiros, que se concentram os incumprimentos ocorridos, verificando-se que 89,54 por cento dos incumprimentos ocorreram nas pequenas zonas de abastecimento, que servem menos de 5 mil habitantes (e que correspondem a apenas 13 por cento da população).
Outros artigos que lhe podem interessar