Politécnico de Leiria quer tirar mais partido do potencial da floresta portuguesa

  • 07 outubro 2016, sexta-feira
  • Gestão

O Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do Politécnico de Leiria (CDRSP/IPLeiria) está a aprofundar contactos com vários players da indústria florestal para que se encontrem novas tecnologias e produtos a partir da floresta, um recurso natural que tem particular impacto na região centro, mas que está subaproveitado.

O CDRSP/IPLeiria pretende tirar mais partido do potencial da floresta, e contribuir para que a fileira seja mais sustentável, através da valorização dos produtos e subprodutos de origem florestal, e da invenção de novos produtos e processos com base neste recurso natural.

A visão do Politécnico de Leiria para o setor passa por proteger a floresta, e reforçar a economia e a indústria baseada na floresta. Nesse sentido o CDRSP/IPLeiria tem vindo a trabalhar em vários projetos para valorização industrial dos produtos/subprodutos florestais sob a alçada do FAVAM – Forest Added Value Advanced Materials. O FAVAM inclui já vários projetos em desenvolvimento, nomeadamente de surveillance/monitorização da floresta, plantação através de drones, aproveitamento da madeira para desenvolvimento e design de produtos inovadores, desenvolvimento de produtos avançados e sustentáveis, invenção de sistemas inovadores para moldes inteligentes de materiais à base de madeira, e compósitos bio ativos provenientes da floresta.

Concretamente, os investigadores do Politécnico de Leiria desenvolveram materiais avançados com base em matéria-prima da floresta, para aplicação em diversos novos fins. Exemplo desses novos fins é a utilização de resina de pinheiro para isolamento, através de eco espumas já patenteadas, e em aplicações médicas, nomeadamente na regeneração de tecidos e ossos. Um outro produto já estudado são vigas para construção em madeira lamelada colada de pinho bravo.

Nuno Alves, diretor do CDRSP do IPLeiria, explica que «o CDRSP/IPLeiria tem vindo a desenvolver projetos para capitalizar diversos produtos florestais, pensando “verde” os processos de fabrico e de construção, e desenvolvendo tecnologia, com o objetivo de passar o conhecimento para as empresas, e atribuir mais interesse económico a toda a fileira, e aos subprodutos que agora não têm valor».

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