Consumo de energia na UE acima do objetivo em 2016

  • 08 fevereiro 2018, quinta-feira
  • Energia

A União Europeia assumiu o compromisso de reduzir o consumo de energia em 20 por cento até 2020, o que se traduz num consumo de energia primária não superior a 1483 milhões de toneladas de petróleo equivalente e um consumo de energia final não superior a 1086 milhões.

Em 2016, o consumo de energia primária na União Europeia afastou-se do objetivo de eficiência em 4 por cento, revelou o Eurostat em comunicado. Desde 1990, o primeiro ano para o qual há dados disponíveis, o consumo reduziu-se em 1,7 por cento. No entanto, ao longo dos anos a distância entre o consumo de energia primária e o objetivo tem flutuado consideravelmente. O maior intervalo verificou-se em 2006 (16,2 por cento) e mínimo em 2014 (1,7 por cento). Ao longo dos dois anos seguintes o intervalo subiu novamente, até chegar aos 4 por cento acima do objetivo para 2020.

Ainda em 2016, o consumo de energia final foi de 1108 milhões de toneladas de petróleo equivalente, 2 por cento acima do objetivo de eficiência. O consumo de energia final registou um aumento aumentou em 2,1 por cento entre 1990 e 2016. Em 2014, foi registado o consumo mínimo de energia final (2,1 por cento abaixo do objetivo).

Em 2016, o consumo interno bruto na União Europeia, que reflete a quantidade de energia necessária para satisfazer todo o consumo interno, chegou aos 1641 milhões de toneladas de petróleo equivalente. Trata-se de um decréscimo de 10,8 por cento comparado com o pico alcançado em 2006 mas de apenas 6,1 por cento quando a referência são os 10 anos entre 1996 e 2006.

Diferenças entre os Estados-Membros

Em Portugal, o consumo interno bruto aumentou de 20,5 milhões de toneladas em 1996 para 26,2 milhões em 2006, situando-se em 23,3 milhões em 2016. Na década de 1996-2006, o consumo de energia no nosso país aumentou 27, 8 por cento, enquanto que na década seguinte diminuiu 11,2 por cento.

Há países onde a diferença foi mais notória, como a Irlanda, que registou uma subida de 33 por cento nos primeiros 10 anos e uma descida de 4,9 por cento na década seguinte, ou Espanha, com um crescimento de 45,5 por cento nos primeiros 10 anos e uma diminuição de 15,4 por cento na segunda década analisada. Grécia, Croácia, Luxemburgo ou Malta são também exemplos de acréscimos significativos seguidos de descidas expressivas.

Existem também países que registaram descidas no consumo em ambas as décadas, como é o caso da Bulgária, Dinamarca, Lituânia ou Roménia, e aumentos no consumo nos dois períodos, como a Turquia, que registou uma subida de 40,3 por cento na primeira década e 48,4 por cento na segunda.

Imagem: Anthony Indraus / Unsplash

Newsletter Indústria e Ambiente

Receba quinzenalmente, de forma gratuita, todas as novidades e eventos sobre Engenharia e Gestão do Ambiente.


Ao subscrever a newsletter noticiosa, está também a aceitar receber um máximo de 6 newsletters publicitárias por ano. Esta é a forma de financiarmos este serviço.